quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quase duzentos presos se rebelam
no presídio de Maués

Agora o número de rebeliões em presídios localizados em municípios do interior do Amazonas empatou com o número de motins registrados no período de um mês nas penitenciárias de Manaus. A terceira rebelião aconteceu neste dia 20 no presídio Feminino do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), sendo antecedida por rebeliões no Centro de Detenção Provisória e no Instituto Penal Antônio Trindade. No interior ocorreram rebeliões em Parintins, motim e fuga de onze presos em Novo Airão e hoje, 21, quarta-feira, estourou agora de manhã uma grande rebelião em Maués.


TROPA DE CHOQUE ENVIADA PARA O MUNICÍPIO
A tropa de choque do Batalhão Especializado da Polícia Militar e um grande contingente da Rocam foram enviados para maués de manhã bem cedo, segundo as primeiras informações prestadas pela Sejus. O secretário executivo adjunto, coronel Bernardo Encarnação, que ainda ontem negociava o fim da rebelião de internas da ala feminina do Compaj, já teria seguido em voo fretado para o município onde cerca de 190 presos da Cadeia de Maués, se amotinaram e fizeram reféns, protestando inicialmente contra a superlotação daquela unidade na terra do guaraná.

A MAIOR POPULAÇÃO CARCERÁRIA DO INTERIOR
Maués está localizada a 268 quilômetros de Manaus e é um dos municípios mais populacionados do Amazonas, por isso uma quantidade tão grande de detentos em seu presídio, enquanto que na rebelião de Parintins, apenas 50 detentos se amotinaram e em Novo Airão, haviam apenas 43 dos quais 11 conseguiram perpetrar uma fuga em massa. Até o final da manhã desta quarta-feira, as únicas informações que chegaram a Manaus sobre a rebelião em Maués, dava conta de que pelo menos cinco funcionários estavam mantidos como reféns.

O números oficiais de pessoas que estavam nas mãos dos presos e também a lista de reivindicações dos amotinados, ainda seria divulgada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, entre o começo e o final da tarde desta quarta-feira. Soube-se ainda que em Maués a população carcerária tem 40% dos detentos condenados e cumprindo pena e os outros 60% são pessoas acusadas e indiciadas que aguardam julgamento pelos crimes que cometeram, cujos familiares, segundo uma informação vinda por telefone de Maués, também estavam na frente do presídio protestando e exigindo solução para a superlotação e condições precárias da cadeia.

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