quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Rebelião violenta na ala feminina
do Compaj teve cinco reféns

Um mês depois das detentas da Cadeia Pública de Manaus, no centro da cidade, se rebelarem, atearem fogo nos colchões de suas celas e fazerem funcionários de reféns, reclamando da comida servida no almoço, agora foi a vez das internas do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no começo da manhã desta terça-feira (20), iniciarem um motim, barulhento e agressivo, tendo como principais reivindicações, a exoneração da equipe de assistentes sociais e enfermeiros, que segundo as rebeladas, não estariam fazendo o atendimento médico que elas entendem que merecem mesmo cumprindo penas por crimes que cometeram.


Dois membros da cúpula da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, seguiram ainda de manhã para o Compaj, no Km 8 da Rodovia 174, para negociar o fim da rebelião das detentas que já estavam com pelo menos cinco funcionários mantidos como reféns e ameaçados com armas artesanais. O coronel Louismar Bonates, que é o diretor operacional do Sistema Penitenciário Estadual e o coronel Bernardo Enbcarnação, secretário executivo adjunto da Sejus, quase ao final da manhã, conseguiram amenizar o conflito, conversando com uma comissão de presas rebeladas, que expuseram suas reivindicações e juntamente com o diretor da unidade, eles se comprometeram de tomar medidas administrativas que vão solucionar os problemas que geraram a rebelião.


CRISE NO SISTEMA ATINGE A CAPITAL E INTERIOR
Em menos de 72 horas foi a terceira rebelião de detentos que estão pagando por crimes em presídios aqui de Manaus, no entanto, neste último domingo, em Novo Airão um grupo de presos fugiu da Delegacia de Polícia do município, a qual também vem funcionando como cadeia pública. As rebeliões dos últimos três dias em Manaus aconteceram no Instituto Penal Antônio Trindade, no Centro de Deternção Provisória (sábado à tarde) e hoje, terça-feira feriado que marca o “Dia da Consciência Negra”, estourou a rebelião das detentas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim.

TROPAS DE FORÇA ACIONADAS MAS NÃO PRECISARAM AGIR
O Batalhão de Choque e a Rocam foram acionados assim que começou a rebelião no Compaj, mas, segundo explicaram o coronel Lasmare o coronel Bernardo Encarnação em momento algum foi necessário o uso de força, para conter e por fim á rebelião que durou cerca de 5 horas, quando reféns foram libertados e finalizadas as negociações com as rebeladas. Cerca de 100 mulheres cumprem penas em regime fechado e semi–aberto, atualmente na Penitenciária Feminina do Compaj, mas somente a metade, segundo informações da direção do presídio, aderiu ao motim que teve como motivos principais as queixas contra assistentes sociais e auxiliares.

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