O taxista Sérgio Matos do Carmo, 39 anos, que era casado e pai de três filhos, foi a décima terceira vítima de roubo seguido de morte ou de latrocínio, registrado pela Polícia no decorrer deste ano de 2012. Ele foi encontrado dentro do táxi, nesta segunda-feira de madrugada, numa rua escura do bairro Jorge Teixeira II, na zona Leste de Manaus com três tiros pelo corpo.
Os policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestros e da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações, estão juntos na investigação e confirmam que dois homens e uma mulher loira, foram vistos saindo de dentro co carro e fugindo do local, depois do assalto e assassinato do taxista, que estava na praça há pouco mais de dois anos e trabalhava em carro alugado para sustentar a família.
O corpo do profissional do volante foi removido do local do crime quase ao amanhecer do dia e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os tiros acertaram a cabeça, peito e abdome do motorista de táxi Sérgio Matos do Carmo. A polícia não encontrou a carteira porta cédulas, relógio, aparelho celular e outros objetos particulares que Francisco gostava de usar durante sua jornada de trabalho na praça.
A MESMA REVOLTA DE SEMPRE
Para vários motoristas de táxi entrevistados no pátio do Instituto Médico Legal na manhã desta segunda-feira, tão logo souberam da morte de mais um colega de profissão e rumaram para a sede do órgão, a categoria continua em total insegurança. O taxista Rivelino Maciel Pereira, 46, disse que foi em todos os velórios e sepultamentos de colegas assaltados e assassinados nos meses deste ano e só tem a lamentar.
“Nós somos pais de família, somos cidadãos, somos trabalhadores que saímos de casa todos os dias e temos que dar sorte para voltarmos vivos para o lado dos nossos familiares, depois do expediente na praça, porque os bandidos se sentem a vontade para atacar e matar quando bem entendem. O colega morto nesta segunda feira de madrugada e os outros doze, foram abatidos covardemente e sem chance de defesa”, disse o taxista, Ademir Boaventura de Souza. 50, na porta do IML.
OUTRA LINHA DE INVESTIGAÇÃO
Apesar de todas as informações e indícios apontarem para mais um caso de latrocínio, os policiais da DEHS e da DERFD não descartam a possibilidade do crime ter sido encomendado por algum motivo que ainda precisam investigar para descobrir. Essa suspeita apareceu a partir do depoimento de pessoas que disseram ter visto a mulher loira e dois homens saindo do táxi e entrando em outro carro.
“Um carro Idea, verde metálico, sem placa identificada, teria sido usado na fuga da mulher e dos dois homens que o acompanhavam, logo depois de dispararem os tiros que mataram o taxista Francisco Matos. Não é uma fuga normal para quem acaba de praticar um latrocínio, ainda mais com a vítima sendo taxista, com o carro da vítima em quase 100% dos casos, sendo usado para a fuga dos criminosos”, comentou um policial.
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