Três urnas fúnebres emparelhadas e lacradas no salão principal da Funerária Almir Neves, rua Monsenhor Coutinho – Centro da cidade. Em volta dos caixões, muitos familiares e amigos, chorando copiosamente e lamentando a grande tragédia que abalou toda a população de Manaus e destruiu uma família inteira, com os assassinatos praticados com requintes de muita crueldade e premeditação. Foram vítimas o aposentado Roberval Roberto de Brito; sua irmã Gracilene de Brito e a filha dela, Gabriela de Brito Belota.
Nesse clima de desespero e dor, começou o velório das vítimas nesta quarta-feira de manhã e logo foi confirmado que o sepultamento só irá acontecer nesta quinta-feira, no Cemitério São João Batista e Santa Helena, segundo um dos parentes das vítimas, porque alguns familiares que residem em outros Estados , já sabem da tragédia e estão viajando para Manaus para acompanhar o enterro de Roberval Roberto, Gracilene e da filha dela Gabriela, que estava cursando o último ano de Odontologia, na Universidade Federal do Amazonas e também teve sua vida interrompida com tanta violência.
Superintendente lamenta
morte da funcionária
O superintendente da Suframa, Márcio Thomaz Nogueira, era uma das muitas pessoas presentes ao velório e bastante ressentido, mesmo assim aceitou falar com a imprensa, onde aproveitou para enaltecer o trabalho de Gracilene de Brito, que era coordenadora de Comércio Externo da Autarquia, tendo conceito excelente entre todos os seus colegas, pelo seu profissionalismo, competência e facilidade em se dar com as pessoas e fazer amizades com todas elas.
“Todo mundo diz que se fala bem somente das pessoas que falecem, mas eu quero aqui abreviar que no caso da Gracilene, ela era realmente especial e até por diretores de outras autarquias e representantes de outros países, com quem ela tratava dos assuntos da Suframa em sua área de atuação, era sempre elogiada, o que prova que a sociedade e a Suframa perderam uma grande mulher. Lamento Muito esse fim trágico que ela teve”. Concluiu o superintendente.
Coronel Mário Jorge Belota
chega chorando
A comoção que atingiu a todos que conheciam Roberval Roberto, Gracilene e Gabriela, nunca poderia deixar de ser a mesma ou até maior da que abalou e abateu profundamente o coronel do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Mário Jorge Belota, que era pai da futura odontóloga, Gabriela de Brito Belota, a única filha que teve com a coordenadora de Comércio Exterior da Suframa, Gracilene de Brito, sua primeira esposa, mas com quem mantinha um excelente relacionamento de amigos e pais da jovem que morreu ao lado da mão, depois de ser torturada e esfaqueada. Eu que abracei a profissão de salvar vidas como oficial do Corpo de Bombeiros do meu Estado, agora sou apanhado fortemente com uma truculência tão grande e fatal que mataram minha filha e a mãe dela, minha primeira esposa, a quem devo muito pela educação exemplar que deu a Gabriela”, disse o coronel Belota, bastante comovido e encerrando a fala por já estar tomado de muito sofrimento pelas perdas irreparáveis.
Todos querem Justiça
Mais de duzentas pessoas que se espremiam no salão de velório da Funerária Almir Neves, nesta quarta-feira, fossem apenas amigos das vítimas ou membros da família enlutada, pouco queriam comentar sobre a participação de um membro da família no triplo homicídio.
Jimmy Robert, filho de uma das vítimas, o aposentado Roberval Roberto, está preso na Delegacia de Homicídios, juntamente com Pablo Bruno e Rodrigo Morais, com os dois últimos confessando todo e apontando ele como mentor intelectual e também envolvido diretamente nos assassinatos.
No velório o que todos diziam, inclusive o coronel do Corpo de Bombeiros, Mário Jorge Belota, é que esperavam que a polícia fizesse a sua parte e também a Justiça Comum, para aplicar penas justas a todos eles, pela brutalidade mortal que cometeram.
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