quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Polícia registra sete “desovas” em 12 dias


Vitimas de desova têm sempre marcas de torturas e tiros
Por - Almir Cardoso
  
Sete desovas já foram registradas somente nestes primeiros 12 dias do mês de dezembro, em Manaus, pela Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros, que já instaurou inquérito para investigar mais esta execução sumária.
Nesta quinta-feira, logo ao amanhecer do dia, o carro-tumba do Instituto Médico Legal, removeu mais uma vítima de tiros  e desova, cujo cadáver, do sexo masculino, foi encontrado dentro de um ramal do Km 17 da BR 174.
Equipe do IML já removeu muitas vítimas de desova num curto período de tempo
Os policiais reafirmam que crimes de execução e abandono de corpos das vítimas em locais fora do perímetro urbano da cidade, dentro de matagais na maioria das vezes, são sempre muito difíceis de serem investigados.

Lei do silêncio dificulta investigação

A maior dificuldade é a falta de testemunhas oculares e pelo medo de represália depois que as vítimas são reconhecidas no IML, a própria família ou amigos dos mortos, evitam falar e muitos até se negam a comparecer na delegacia para falar alguma coisa.
A polícia fica de mãos atadas nestes casos e segue o inquérito a procura de pistas dificílimas de serem encontradas, ficando na maioria das vezesd, com a dura missão de começar do zero, tendo apenas o perfil das pessoas mortas e desovadas nos varadouros.
Crimes atraem sempre muitos curiosos depois da localização de vítimas de desova
 Ligação com o tráfico é outro problema

A ligação dos mortos com o tráfico de drogas acontece em quase 100% dos casos em Manaus, o que já estabelece outra grande dificuldade para elucidação dos homicídios, já que a autoria e provas contra envolvidos nos assassinatos, são muito difíceis de serem encontradas, comenta o chefe de investigação da DEHS, Eber Serrão, um dos veteranos da Especializada.

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