A Polícia ouviu moradores do local do crime e é quase certa a participação de traficantes de drogas no assassinato, até porque, um primo de “Bacana”, que preferiu não se identificar, confirmou para os investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros (DEHS), que ele tinha uma dívida antiga com um grupo de “boqueiros de fumo”.
Há vários dias o ex-presidiário recebeu um bilhete com ameaças de que pagava o que devia para a boca de fumo onde se endividou ou podia contar as horas para ser executado e esse momento não iria demorar muito. Valdevino não temia as ameaças e disse para alguns parentes, que estava apostando que os traficantes com quem tinha rixa, iriam ter coragem de ir para cima dele, mas esse “acerto de contas” veio bem antes do que ele mesmo imaginava.
GUERRA SANGRENTA
O corpo do ex-presidiário foi removido do local do crime pelos funcionários do Instituto Médico Legal (IML), diante de uma multidão de moradores, que ainda declararam que naquele bairro quase todo dia os traficantes e outros bandidos entram em confronto armado. “Eles ameaçam uns aos outros, trocam tiros, palavrões, agressões físicas e não escolhem lugar para resolver estas rixas pessoais.”, disse um dos moradores que também preferiu ficar no anonimato, com medo de represálias dos criminosos.
Uma testemunha do crime disse ainda aos policiais que os dois homens que executaram “Bacana” chegaram perto dele a pé, mas depois de disparar os tiros fatais, correram para a esquina da rua onde um carro parou, eles entraram e foram embora, atirando pelo menos mais duas vezes para cima, como se festejassem a morte do desafeto, que esteve na cadeia cumprindo pena por tráfico de drogas e saiu há menos de 1 mês, somente para morrer.
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