quinta-feira, 1 de novembro de 2012

ACUSADO DE TENTAR MATAR POLICIAIS FEDERAIS É INOCENTADO EM JULGAMENTO QUE DUROU DOZE HORAS

O presidiário Allan Kennedy de Souza Nascimento, acusado de tentativa de homicídio, no dia 19 de abril de 2009, contra os policiais federais, Glaysson de Almeida Guimarães e Raphael de Paiva, foi julgado e absolvido nesta segunda-feira, numa sessão que começou às 13 horas na 4ª Vara Criminal Federal – Seção Judiciária do Amazonas, e foi presidida pelo juiz, Francisco Codevilla, e só terminou por volta de meia noite.

Os agentes federais que figuravam como vítimas no processo da tentativa de homicídio que ocorreu na frente da boate “Les Gens 300”, localizada na Avenida Pedro Teixeira – Conjunto Kyssia (Zona Centro-Oeste), foram os primeiros a serem ouvidos e confirmaram que estavam em missão de investigação no local sobre envolvidos em tráfico de drogas na rota Tabatinga/Manaus.

O alvo da investigação que faziam naquela noite, segundo eles, era Allan Kennedy e outros elementos com quem estava acompanhado na casa de show e depois de mais de meia hora de depoimento ao juiz, cada um dos policiais federais, confirmou que apesar dos tiros em suas direções, viram o acusado e réu no processo, como um dos atiradores usando uma pistola e disparando sucessivas vezes de dentro de um carro.

Outra parte da missão era monitorar os suspeitos e permaneceram nas proximidades do camarote onde Allan Kennedy estava durante toda a noite e quase amanhecendo o dia, quando o show terminou, nos depoimentos as vítimas também disseram ao juiz, promotores, corpo de jurados e demais presentes no tribunal, que foram alvos de uma “emboscada”, mas até hoje não sabem explicar como foram identificados como policiais federais.

NAMORADA E SEGURANÇAS OUVIDOS
Depois dos depoimentos dos policiais federais Glaysson Guimarães, que no tiroteio foi atingido com um disparo nas costas, e Raphael de Paiva, que não foi alvejado, o juiz também ouviu como testemunhas do fato, a namorada de Allan Kennedy, industriaria, Marcley Oliveira, que negou ter visto em qualquer momento, no camaronte ou do lado de fora da casa de Shows, o réu com alguma arma de fogo.

Os seguranças, Marialvo Soares e Alex Soares, foram ouvidos posteriormente pelo juiz Francisco Codevilla, e também negaram ter visto Allan Kennedy com arma de fogo quando ainda estava nas dependências do estabelecimento onde acontecia um show de duas ex-BBB e alegaram também que naquela noite, a casa de shows estava completamente lotada, por isso, estavam bastante ocupados com a segurança.

OUTROS RÉUS JÁ FORAM ABSOLVIDOS
Allan Kennedy teve a seu favor depoimentos importantes de dois seguranças da casa de Show, quando ambos foram questionados pelo juiz e pelos promotores públicos federais, se viram o réu com arma e eles disseram que “não”, e quando um deles, ainda relatou para o juiz que no momento do tiroteio, Allan Kennedy e sua namorada, estava bem na sua frente, se preparando para deixar a Casa de Show.

No mesmo processo de acusação de tentativa de homicídio, também foram absolvidos Faberson Mattos Oliveira, o “Nenco”, Fábio Diego Oliveira, o “Pombão” e Paulo Roberto de Souza Simões, o “Japoca”, em julgamentos realizados em 25 e 26 de outubro de 2012, onde eles também eram acusados de fazer parte do grupo que atirou contra os policiais federais.

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