O Delegado Titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do município de Rio Preto da Eva, Virgílio César Mendonça,
prendeu na tarde desta segunda-feira (4) Anderson Souza, ex-prefeito do
município, em cumprimento de mandado de prisão preventiva.
O
mandado foi expedido pelo Ministério Público Estadual e requerido pelo
juiz da Comarca de Rio Preto da Eva, Cássio Borges dos Santos.
Investigação conduzida pela promotoria de Justiça local revelou que o
ex-prefeito estaria articulando a saída do juiz do município e, com
isso, obstruindo o andamento do processo.
O ex-prefeito foi preso na sede da Secretária Executiva Adjunta de Inteligência
(Seai), após prestar depoimento sobre o envolvimento dele em uma trama
para assassinar o atual prefeito do município, Luiz Ricardo Chagas, o vice Ernane Santiago e o ouvidor do município, Erick Franco de Sá.
Anderson
Souza foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez exames
de corpo de delito e encaminhado à Unidade Prisional do Puraquequara
(UPP). Ele ficará à disposição da Justiça.
Entenda o caso
No
dia 15 de fevereiro deste ano quatro pessoas foram presas e um
adolescente foi apreendido durante ação coordenada pelo delegado Titular
do município de Rio Preto da Eva, Virgílio César Costeira, com o apoio
da Secretária Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), Grupo Força
Especial de Resgate e Assalto (FERA) e Policiais Civis lotados no 36º
Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Bolivar
de Almeida Maués, 64, e o filho dele Bruno Leandro Campos Maués, 28,
além de Maicon Silva, 28, Raimundo Raniery Santos da Silva, 44, e um
adolescente conhecido como “Bisteca”, de 17 anos, são acusados de
integrar uma quadrilha que pretendia assassinar naquele município, o
prefeito, o vice-prefeito, um procurador de Justiça da cidade e um
empresário conhecido no local como “Carlinhos”.
Os
cinco foram autuados em flagrante por Formação de Quadrilha (Art. 288
do CP). Bolivar e Bruno, que advogam para a coligação de oposição ao
atual prefeito de Rio Preto da Eva também foram autuados em flagrante
por Falsidade Ideológica (Art. 299 do CP) por estarem utilizando
carteiras falsas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no momento em
que foram detidos.
Virgílio
Mendonça declarou que as informações em torno da quadrilha chegaram até
a Polícia Civil por meio de denúncias anônimas, logo após as eleições
municipais do ano passado. As mortes, segundo ele, teriam motivação
política. Após investigação, a Polícia Civil chegou até Anderson Souza,
preso nesta segunda-feira (2).
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