quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

OFICIAL DA PM EM ATITUDE TOTALMENTE ABUSIVA TOMA EQUIPAMENTO E PRENDE CINEGRAFISTA DA BAND QUE FAZIA IMAGENS DE UM DUPLO HOMICÍDIO


Cinegrafista Jakson Rodrigues
Por - Almir Cardoso

(Registro profissional nº 747 SRMTE/DRT-AM)

Numa atitude arbitrária e extremamente abusiva por parte de um oficial da Polícia Militar e os soldados que  ele comandava, o cinegrafista da TV Rio Negro, Jackson Rodrigues, Também conhecido como “Xuxa”, foi preso nesta quinta-feira de manhã.  A ordem de prisão foi dada pelo tenente PM Carlos Eduardo Esteves, quando Jakson fazia imagens, hoje, do assassinato de um casal na avenida Castelo Branco, no bairro da Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus. 
Não é a primeira vez que isso acontece e que a imprensa é impedida de exercer seu trabalho de captar as melhores informações e as melhores imagens para cumprir com seu papel de bem informar os fatos à sociedade. Uma vítima de PMs mau preparados e que precisam aprender quem é profissional, cidadão e diferenciá-lo de bandidos, foi o jornalista Carlos Eduardo Mattos, o Cadu, na época repórter do Portal G1 da Rede Globo e da Rede Amazônica de Televisão.
Tenente PM Carlos Eduardo Esteves
O referido repórter, fazia matéria sobre a queda de um avião, quando tentava decolagem do Aeroclube de Manaus, na Avenida Torquato Tapajós, em fevereiro de 2012. Em dado momento um oficial e vários soldados da PM prenderam Carlos Eduardo Mattos, também sob alegação de que ele invadiu a área de segurança do local do acidente. Não houve diálogo para o repórter explicar que estava ali, nomeio do mato, diante da tragédia, exercendo sua profissão e sem interesse algum de atrapalhar qualquer atividade da polícia ou qualquer outra autoridade presente.
Sem conversa alguma, Cadu foi levado preso e apresentsado na Delegacia de Polícia, por uma equipe de policiais militares e posteriormente foi liberado. O comando da Polícia Militar do Estado, na época se pronunciou publicamente, pediu desculpas e se solidarizou com o profissional e com a imprensa. O comando da PM também prometeu na época, apurar os fatos e dependendo dos resultados da sindicância, punir os policiais militares envolvidos à altura de seus maus procedimentos. 
 
Mulher assassinada a tiros hoje de manhã
O homem que estava no carro também foi executado
Um soldado PM disse que o cinegrafista invadiu "uma área proibida", mas não entrou no local demarcado para brincar ou como simples curioso, mas para produzir imagens do crime e para cumprir com sua obrigação e atividade profissional, tão somente. O argumento de que estava trabalhando, não foram aceitos ou suficientes, e a partir daí,  o cinegrafistas da Band Amazonas,  teria sido agredido e depois posto no "camburão" de uma viatura.
 
Colegas de Xuxa solidários na porta da delegacia depois de sua liberação
Momento em que o cinegrafista da Band Amazonas é trancafiado no camburão da viatura
Houve protestos por parte de vários jornalistas,  colegas do cinegrafista em frente do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), para onde Jackson foi levado e depois liberado, porque o próprio delegado de plantão, não encontrou razão ou prática de qualquer crime por parte do cinegrafista, para mantê-lo preso ou para indiciá-lo, já que tudo o que Jakson Rodriges, fazia era seu trabalho, dentro de uma equipe de reportagem que cobria o duplo assassinato.

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