Vitimas de desova têm sempre marcas de torturas e tiros |
Sete desovas
já foram registradas somente nestes primeiros 12 dias do mês de dezembro, em
Manaus, pela Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros, que já
instaurou inquérito para investigar mais esta execução sumária.
Nesta
quinta-feira, logo ao amanhecer do dia, o carro-tumba do Instituto Médico
Legal, removeu mais uma vítima de tiros
e desova, cujo cadáver, do sexo masculino, foi encontrado dentro de um
ramal do Km 17 da BR 174.
Os policiais
reafirmam que crimes de execução e abandono de corpos das vítimas em locais
fora do perímetro urbano da cidade, dentro de matagais na maioria das vezes,
são sempre muito difíceis de serem investigados.
Lei do silêncio dificulta
investigação
A maior
dificuldade é a falta de testemunhas oculares e pelo medo de represália depois
que as vítimas são reconhecidas no IML, a própria família ou amigos dos mortos,
evitam falar e muitos até se negam a comparecer na delegacia para falar alguma
coisa.
A polícia
fica de mãos atadas nestes casos e segue o inquérito a procura de pistas
dificílimas de serem encontradas, ficando na maioria das vezesd, com a dura
missão de começar do zero, tendo apenas o perfil das pessoas mortas e desovadas
nos varadouros.
Crimes atraem sempre muitos curiosos depois da localização de vítimas de desova |
Ligação com o tráfico é outro
problema
A ligação
dos mortos com o tráfico de drogas acontece em quase 100% dos casos em Manaus,
o que já estabelece outra grande dificuldade para elucidação dos homicídios, já
que a autoria e provas contra envolvidos nos assassinatos, são muito difíceis
de serem encontradas, comenta o chefe de investigação da DEHS, Eber Serrão, um
dos veteranos da Especializada.
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