Por – Almir Cardoso
Os condutores de motocicletas de Manaus continuam se queixando da falta de respeito dos motoristas de carros pequenos, médios e pesados, que não respeitam seus espaços no trânsito e esse tem sido o grande motivo do aumento considerável no índice de acidentes envolvendo motoqueiros, segundo eles.
“Quando o
motoqueiro não morre fica com graves sequelas para o resto da vida, salvo
algumas colisões em que as batidas são de pequenas proporções. Para se ter uma ideia,
jpá morreram mais de 30 motociclistas este ano em Manaus, portanto é preciso,
que o Departamento Estadual de Trânsito, reveja esta situação de perigo
constante que nós passamos todos os dias em Manaus, e através de campanhas e
fiscalização rígida, faça os motoristas de carros obedecerem as regras e que
respeitem o espaço do motociclista”, afirma José Costa Bentes, 41, ex-motoboy e
agora mototaxista, que já sofreu três acidentes em pouco mais de um ano.
O motoqueiro
diz que escapou da morte por sorte até aqui, mas o tanto que já viu de
motoqueiros feridos na pista, depois de serem atropelados em cima de suas
motocicletas, ele diz que dá para fazer um livro e até um filme. Outro motociclista
que pede mais respeito da classe motorizada nesse trânsito que está cada dia
mais perigoso, principalmente para quem usa motocicleta como meio de transporte
ou profissionalmente, é Elias Pantoja Freire, 37, que tem platina nas duas
pernas, em virtude de um acidente que sofreu no começo deste ano na Avenida das
Torres, onde foi atropelado por um motorista bêbado e dirigindo em alta
velocidade.
“O capacete me salvou da
morte mas fiquei com sequelas e pior de tudo, o condutor do carro foi
processado mas até hoje não foi responsabilizado pelo acidente, mesmo tendo
invadido o sinal fechado e me atropelado”, afirma Elias Pantoja.
MOTORISTAS TAMBÉM ACUSAM MOTOQUEIROS
Questionados
sobre a acusação e queixa dos motociclistas de que condutor de carros pequenos,
médios ou pesados (principalmente), não obedecem as regras de segurança do
trânsito e muito menos respeitam o espaço de quem usa motocicleta como meio de
transporte, alguns motoristas consultados, como no caso, Geraldo Viana
Trindade, 44, taxista, chegou a concordar com os motoqueiros queixosos, mas fez
uma ressalva.
Ele disse que não são todos, mas tem uma boa parte dos
motociclistas que trafegam em Manaus, que dirigem como verdadeiros loucos, em
alta velocidade e cortando a frente de todo mundo. “Tem motoqueiro que dirige
tão loucamente que assusta qualquer condutor de carro, quando ele passa chutado
quase levando o retrovisor do veículo. Estes sim, colocam todo mundo em perigo
com tanta pressa e não respeitam nem mesmo suas próprias vidas, afinal, nessa
velocidade e num acidente com eles, lógico, que a possibilidade de uma
fatalidade para o motoqueiro, é iminente.
Detran e Manaustrans deflagram
campanhas
O diretor
presidente do Detran-Am, Leonel Feitoza, e o diretor de Operações do
Manaustrans, coronel Encarnação, confirmam em entrevistas para a imprensa, que os índices
de acidentes com motoqueiros são altos e preocupantes na capital do Estado,
como acontece em todas as grandes cidades do país. Mas eles também reafirmam
que é preciso a consciência de todos, para que esse quadro de violência, de
mortes e mutilações, sejam revertidos. Campanhas de conscientização são
deflagradas no ano inteiro, sejam em cursos nas sedes dos dois órgãos,
oferecidos parqa a classe motorizada, ou com panfletagem acirrada nos semáforos
e nas principais vias trafegáveis de Manaus.
“Resta aos condutores de motocicletas e de
veículos principalmente, colocarem em suas mentes, que carro ou moto, é meio de
transporte necessário e útil para locomoção. Quem tem um ou outro, precisa
conscientizar que não trafega sozinho pelas pistas da cidade, e se todos
respeitarem as regras de segurança, ninguém se machuca e todo mundo volta
inteiro para casa. O Detran, por exemplo faz sua parte e até aplica as multas e
notificações, para coibir os abusos nas transgressões das regras. Infelizmente,
aqui e ali, o pior sempre acontece, mas por culpa e falta de respeito à vida e
a lei, por parte de alguns”, afirma o diretor do Detran-Am, Leonel Feitoza.
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