Foi muita animação no desfile deste tradicional bloco de rua |
Com o refrão “Maria vem com as outras vem pra cá, bota a boca no trombone bota a boca pra falar” mais de cem mulheres entoaram a marchinha da 3ª edição do bloco ‘Maria vem com as outras’, realizado nesta sexta-feira, 8 de fevereiro, da avenida sete de setembro (altura da praça HeliodoroBalbi) até o Largo São Sebastião, no Centro de Manaus, com apoio do Governo do Amazonas.
O bloco foi criado em 2010 com o objetivo de mobilizar forças em
defesa do movimento feminista do Estado. O diferencial deste ano foi a
marchinha cuja letra traduz exatamente o espírito da mobilização, além é claro
de abordar temas pertinentes às mulheres, como a Lei Maria da Penha, a vacina
contra o HPV e os espaços de poder.
A professora e presidente do bloco, Iziz Tavares, o evento de
rua, além de já ter virado um momento para extravasar as energias é ponto de
encontro para representantes de ONG’s e de instituições com políticas voltadas
para o direito da mulher, como no caso da Secretaria de Estado de Assistência
Social e Cidadania (Seas), ONG Maria Bonita e Delegacia da Mulher.
CARNAVAL DA CONSCIENTIZAÇÃO
Dezenas de mulheres desfilaram ao som de muita marcha |
Cabelos e cabeças enfeitados no bloco das mulheres |
“Aproveitamos esse momento de festa para conscientizar homens e
mulheres a respeito da violência doméstica. Quando
cantamos ‘bota a boca no trombone,
bota a boca pra falar’é isso que nós queremos, que as mulheres
denunciem sem medo o ato de violência contra elas”, disse Iziz.
Para a advogada e diretora da ONG Maria Bonita, Márcia Alamo,
mais importante do que denunciar esses crimes de violência é abrir uma janela
para a reconciliação. “Nosso trabalho todo não é desagregar família. Em momento
algum se estimula que os parceiros se deixem. O que a gente estima é viver em
harmonia”, completou.
DELEGADA CONFIRMA VIOLÊNCIA
Uma das rainhas deste ano mostrou muito samba no pé |
De acordo com a titular da Delegacia da Mulher, Kethleen Gama,
por dia, só na Delegacia são registrados na faixa de 20 a 30 casos de violência
contra a mulher. Ela considera o número elevado, mas ressalva que são
ocorrências antigas e que estão sendo denunciadas como efeito das campanhas que
o Estado vem realizando.
“A violência contra a mulher sempre existiu, mas o acesso à
informação tem resultado na punição e elucidação dos casos”, disse, destacando
que, através da Seas, o Governo do Estado tem oferecido assistência psicológica
e social.
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